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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A maravilha feminina que enfeita a vida


 

      A maravilha feminina que enfeita a vida

          Domina o meu pensamento a forma como todo aquele conteúdo cabe dentro daquela minissaia! Uma fórmula matemática há que existir que defina a razão para que ela caiba perfeitamente dentro daquele pedaço mínimo de pano sem ser vulgar ou desperdício do que esconder, porque nada se consegue ver que não o seja através dos olhos da mente.

        Como ela se movimenta tão fácil, se preocupa tão pouco e consegue manter a elegância intacta, inquietando meninos e intrigando homens?

        Nada se vê além do que ela queira mostrar. É algum treino ser bonita e refletir a tudo de maneira natural, afastando-se inteiramente do bizarro que visa vender belezas produzidas em linhas de montagem.

        O fato é que ela consegue gerar sensualidade intuitiva e causar pensamentos excitantes sem o desprezo demonstrado ao que é sem propósito, cujo sensacionalismo que gere dinheiro é só o que importa. O desprezo pelo que é Belo em evidência, tentando incutir em cada cérebro a beleza que os interessa.

        Nada disso será possível, felizmente. Os seres humanos utilizam todos os sentidos para reconhecer a verdadeira beleza. Ela é a principal representante dessas sensações. E eu, o maior de seus súditos nessa intrincada tarefa que é desvendar as maravilhas femininas que enfeitam a vida.

                         Marcelo Gomes Melo

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

A mulher que me amava


 

               A mulher que me amava

          Ela não afastava os olhos dos meus quando, segurando as minhas mãos em concha cobriu os próprios seios, protegidos por um tecido macio que não disfarçavam o calor aconchegante nem os mamilos túrgidos que atacavam as minhas palmas e me tiravam do solo, sem peso, flutuando como na lua. Ela pretendia ler a minha alma através dos meus olhos escurecidos e brilhantes, febris.

        Tudo o que conseguiu naquele momento foi ceder à tentação de baixar os olhos e presenciar o volume que denunciava a minha total fragilidade ante o seu perfume. Instintivamente me pus a roçar em suas coxas, entre elas...

        Quando pressionou as minhas mãos, que segurava sobre os seios, me obrigou a apertá-la, as palmas deslizando; isso a fez suspirar me levando um passo à frente em direção ao seu corpo, que ficou entre mim e a parede. Forcei a coxa entre as dela. Os olhos grandes e escuros brilharam ainda mais, e os lábios se entreabriram com o maior dos convites da Terra.

        Não havia outros sons além de respiração ansiosa, leves toques sobre roupas desnecessárias; toques suaves, mas firmes. Não havia hesitação, o que existia era esquecimento. Habitávamos outro planeta no qual não havia outros habitantes. Não saberíamos, depois, dizer como começou, nem por que começou; isso não importava, porque o tempo parara.

        Os lábios se colaram, macios, famintos, e só então um pouco de umidade passou a fazer parte daquela equação. As línguas embaralhadas, idiomas criados para contar uma história, enquanto as minhas mãos rastreavam os seus seios e as maneiras para desembrulha-los para o meu prazer. O prazer dela era o meu prazer.

        Eu rapidamente consegui livrá-la da parte de cima do vestido, que caiu aos nossos pés como um escravo rendendo-se aos nossos desejos.

        Arranquei-lhe gemidos com meus lábios grossos, com a minha língua habilidosa e gentil, uma devoradora de delícias como as dela. As mãos reconheciam a maciez daquelas coxas, que ela tão lindamente entreabria para mim, automaticamente, respondendo aos pedidos silenciosos feito com os dedos que mergulhavam e se ensopavam, sentindo-a tremer. Sons enrouquecidos saíam das nossas gargantas.

        Firme, impaciente, ela arrancou-me a camisa junto com os botões, jogando-a ao largo. Beijando o meu torso ocupou-se do cinto e do outro botão, em seguida do zíper. A trilha que a sua língua generosa fez circulando o meu umbigo e descendo me obrigou a fincar os pés com força, tensionando os músculos das coxas para não correr o risco de perder o equilíbrio assim, tão fácil.

        Apoiei umas das mãos na parede e a outra em seus cabelos, tentando conter a gula que ela demonstrava a qualquer momento, mas parecia inofensivo segurar-lhe os cabelos. Inútil resistir.

        As unhas percorriam-me as pernas. Ela me olhava provocante, mostrando o prazer que sentia, misturando-se ao prazer que eu jamais imaginei ser possível sentir. Não parou. Não parei. Movendo o quadril quis me aprofundar nela o quanto pudesse. Ao me afastar um segundo para retomar o fôlego, um arremedo de sorriso me acelerou o coração ainda mais.

        Prestes a desabar senti as mãos macias dela me conduzirem ao chão sobre o seu corpo forte, me acolhendo com um longo suspiro, me apertando com força contra si, espremida pelo meu peso, que tentei amenizar firmando as mãos em torno dela, no chão, como se fizesse flexões. Caso um dia me perguntassem, flexões eu diria.

        Os sons aumentaram, os gemidos, impossíveis de compreender, nos olhávamos em uma tácita combinação não assinada e explodimos juntos, prazeres indescritíveis.

        Trocamos de lugar sem nos distanciarmos um milímetro, e sobre mim ela pôde apoiar-se em meu peito, os cabelos lhes caindo sobre o rosto, o sorriso incontrolável da felicidade.

        Milhões de anos passariam sem que fôssemos capazes de esquecer, em qualquer tempo ou situação. Eu era o homem dela. Ela a mulher que me amava.

 

                         Marcelo Gomes Melo

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

A vida secreta dos seres noturnos


 

             A vida secreta dos seres noturnos

          As noites em claro que costumo passar há anos, me ensinam comportamentos novos, diferentes dos das pessoas diurnas, aquelas sempre dispostas a sorrir para esconder os seus terrores, enganando antes de tudo a si mesmas, vendendo atitudes anormais como se fossem padrão, defendendo pontos de vista os quais não necessariamente acreditam só para obterem a sensação de que participam da panela maior em que todos concordam com o óbvio e se martirizam escondido em nome de um status quo sem muita importância em um mundo que atravessa um período de transição gigantesco.

        À noite a percepção fica mais aguçada sob o signo do silêncio, e os enganos mais vívidos, o cinismo é aceito e a ironia é uma arma pacífica que causa estragos e determina rumos diferentes dos escolhidos pelos acomodados, os que preferem fazer parte da grande máquina que devora pessoas e as hipnotiza de forma a tomarem decisões abruptas e desesperadoras, que os prejudicará a longo prazo, mas oferece uma falsa sensação de segurança, embora estejam sendo manipuladas constantemente.

        Os seres noturnos contestam a tudo; a eles mesmos e aos que os cerca; sofrem por isso, radicalizam a existência e nem sempre sobrevivem à verdade nua e crua, virando estatística fria, sem que ninguém saiba o porquê de flertarem com o abismo obsessivamente até que sejam derrotados.

        Não escapam impunemente porque conhecem mais o que se esconde por trás dos corações humanos, a necessidade que os obriga a trair os pactos de honra e ainda dormir o sono dos justos. Não há justiça! Há portos nem sempre seguros que desafiam o tempo todo àqueles que escolhem viajar, conhecer e silenciar, surpresos e ao mesmo tempo inquietos, rebelando-se contra a imensa maioria de ovelhas que caminham para o abate todos os dias, aparentemente felizes com a ignorância com a qual são brindadas, e que é bondosa porque não os permite perceber a realidade de suas vidas vazias, com falsas perspectivas, nulas, repetitivas.

        Nesse ponto se igualam. O destino é o mesmo, mas os que vivem à noite sofrem mais por saberem mais, privados da bondade que é viver no escuro sem enxergar a escuridão que os cerca, a ladeira que os guia a um final indeterminado e incerto. Bois a caminho do matadouro.

        Os noturnos acabam da mesma forma, não há vantagem nenhuma em perceber a matrix, além de causar um fim mais sangrento e assustador para cada um dos despertos.


 

                              Marcelo Gomes Melo

Sobre de que o tempo trata

  Chore, não porque o queira, mas porque é necessário Expurgue através das lágrimas esse sofrimento maléfico E indiferente que lhe cor...