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sábado, 28 de outubro de 2023

Bela das coxas de seda


 

                          Bela das coxas de seda

 

A bela das coxas de seda

Oferecidas daquela forma

Entreabertas, nada sutil

Era conhecimento para toda a vida

Muito mais para um homem simples como eu

Hipnotizado pelas promessas que, inerentes ao gesto

Fazia tremer ante a expectativa de se tornar imortal

De uma forma inigualável

É assim que qualquer homem se deixa dominar

É assim que a vida transforma e a gente rememora para sempre

Como se fosse hoje

O tempo para entre as pernas de uma mulher

Urge liberar o prazer do fundo da alma

Não há pressão que resista ao teor relaxante das sensações

Não há risco que não valha a pena

Apenas prazer inesquecível.

                                       Marcelo Gomes Melo

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A imensa vontade de destruição


 

         A imensa vontade de destruição

       Julgamentos são feitos o tempo todo, como se fosse direito adquirido decidir as mazelas alheias, sabendo ou não do teor verdadeiro pelos quais atravessam o dia-a-dia.

        Cumpre lembrar que humanos são julgadores em potencial, e o fazem sem o menor pudor, desencadeando tragédias e reputações destruídas justamente pela velocidade com que impulsionam o desejo de reprovar e repreender a quem quer que seja, com informações superficiais e insuficientes, mesmo que tivessem o direito de fazê-lo, o que é impossível.

        Decidir o rumo da vida dos que se expõem virou atração diária nos meios sociais, assassinatos de reputação acontecem sem nenhum cuidado, e se o erro for apontado, é feito em escala muito menor, permanecendo a marca no indivíduo mesmo que inocente do que foi acusado.

        Ninguém se importa com ninguém, vivem em ataque e destilam hipocrisia em larga escala para satisfazerem o próprio ego. Há algo em comum nesse tipo de gente: todos querem ir para o céu. Escondem os seus defeitos a sete chaves e acreditam que são melhores e não devem ser julgados da mesma forma que julgam, porque o deles são apenas deslizes, e o dos outros pecados mortais.

        O que era certo transforma-se em errado, e o que era errado ganha tolerância com os argumentos mais odiosos e desprezíveis que se pode imaginar.

        Gente tomando atitudes com intenção de chocar a sociedade e conseguir dividendos com isso, status e inclusive seguidores fiéis dispostos a crer no absurdo e aceitar o bizarro, transformando a sociedade em um imenso círculo em que se bate palma para louco dançar.

        O anormal vira norma, e o comum precisa ser exterminado. É a descida desgovernada em direção ao final dos tempos, com malucos sorrindo e dizendo asneiras tanto quanto se respira. Não existem regras de convivência, apenas uma imensa vontade de destruição.

                         Marcelo Gomes Melo

sábado, 7 de outubro de 2023

Amor em tempos de corte no orçamento


             Amor em tempos de corte no orçamento

        Nada de motel. Nada de jantares em restaurantes caros. Nem baratos. Nada de jantares à luz de velas, nem de lanternas. Nada de lanches no McDonalds. Nada de presentes de aniversário, de dia dos namorados ou lembrancinhas de qualquer tipo. Esqueça.

         Nada de viagens para perto, longe, de trem, ônibus, jegue ou a pé. Nem pense em bebidas chiques, comidas gourmet, sequer farinha de mandioca com mel de abelha.

        Viveremos de amor! Surfando nas nuvens da fome, nadando nos oceanos de prazer da inanição, sambando nas churrascarias veganas, sonhando com as feijoadas do tesão e macarronada do casório perfeito!

        A nossa vida em uma choupana que não abriga da chuva e não protege do frio, deitados sobre folhas de bananeira, bebendo água dessalinizada artesanalmente e comendo peixe sem tempero, banana verde e sopa de pé de pombo será abençoada por Deus e bonita por natureza, mas que beleza!

        O nosso amor de cada dia abominará a rotina, pois a cada dia nos reservará surpresas inesgotáveis. Catar latinhas, cobre e papelão trocando olhares hipnotizantes de paixão, dividir a fila do SUS com sorrisos ternos, de mãos sujas dadas, fedendo a porco molhado, sem saber o que é um banho há meses...

        Ausência de reclamações, lamentos, acusações ou atitudes mimadas explicitamente pela falta de forças e energia. O amor tão resistente quanto o vírus da gripe, capaz de atravessar barreiras e empalidecer a qualquer um.

        Os olhos mortiços e nublados emprestam um artifício novo que possibilita enxergar uma beleza que só pode ser exterior. Uma vida de abstinência às armações midiáticas que lhe fazem consumir desesperadamente, sendo enganados a um ponto de não sobreviver sem os vícios dos produtos novos, dos lançamentos tecnológicos e novidades politicamente corretas que ajudam a disseminar a hipocrisia universal.

        Quantos são os casais dispostos a um amor assim? Inviolável, irresistível, quase mortal? Quantos são os casais modestos o suficiente para abandonar os frutos dos amores artificiais e velozes de hoje em dia, que acontecem e acabam tão rápido quanto uma estrela cadente? Quantos viverão de amor e pelo amor? Há alguém?

        Entendem agora o que querem dizer os poetas através dos tempos?

                         Marcelo Gomes Melo

Sobre de que o tempo trata

  Chore, não porque o queira, mas porque é necessário Expurgue através das lágrimas esse sofrimento maléfico E indiferente que lhe cor...